quarta-feira, 16 de abril de 2014

O fim do sonho de Domingos Filho

Há um clima de réquiem em Tauá e municípios por onde se prolonga a liderança do vice-governador Domingos Filho.  A região dos Inhamuns não gostou da decisão do governador Cid Gomes. Era um desejo antigo daquele sofrido pedaço do Ceará a chegada de um dos seus filhos ao governo, e ninguém melhor do que o vice-governador para dar essa alegria aos seus conterrâneos. De fato, de direito e por méritos pelo muito que construiu ao longo da sua longa escalada política.  De nada lhe valeram os conceitos, a dedicação, a fidelidade e a discrição, virtudes que levou para o seu novo endereço como prova de merecimento para coroar a causa a que tanto se dedicou. Lamentos à parte, nem o Sr. Cid Gomes nem o Sr. Domingos Filho passaram recibo de insatisfação, e ambos continuam encaminhando com a responsabilidade que lhes é pertinente o processo sucessório e suas trajetórias futuras com mágoas guardadas em segredo de travesseiro. Nenhum dos dois admitiu erros. Disfarçando o constrangimento, o vice-governador dará continuidade à mesma linha tática de outras oportunidades e não pretende intervir com declarações que revelem desconforto. O mesmo sentimento e a mesma disciplina, no entanto, não orientaram os seus seguidores dos Inhamuns, onde a frustração é generalizada em todos os setores. Por trinta anos militando no PMDB, Domingos Filho teve o seu histórico construído com espírito de fraternidade e união a Eunício Oliveira. O senador nunca opinou sobre esse incidente político, mas deve estar achando excelentes os seus resultados. O episódio foi trágico para o vice, mas teve também consequências negativas para o governador. Por Fernando Maia 

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