domingo, 31 de março de 2013

As razões para a tranquilidade do governador Eduardo Campos diante do desafio de 2014



O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), passeia mais ou menos tranquilo sua candidatura a presidente em 2014 por três razões:
1. Seu partido, apesar das resistências dos renitentes irmãos cearenses Ciro e Cid Gomes, está vendo na candidatura do pernambucano para aumentar sua representatividade nacional e seu poder de barganha federal e nos Estados.
Com o “carro-chefe Campos”, o PSB acredita que em 2014 poderá eleger mais governadores do que tem hoje e aumentar suas bancadas na Câmara, no Senado e nas Assembleias Legislativas.
Mesmo não ganhando o Palácio do Planalto, Campos e o PSB poderiam sair credenciados para 2018 com um excelente cacife.
2. Para os tucanos, a presença de Eduardo Campos na disputa seria a garantia já de um segundo turno, ainda mais se Marina Silva também confirmar sua presença.
O PSDB acredita que Campos tirará mais votos de Dilma do que de Aécio, principalmente no Nordeste.
Além disso, mesmo governista no momento, o governador de Pernambuco será um candidato de oposição ao Palácio do Planalto, mais um do qual Dilma, o PT e os aliados precisarão se defender.
3. Para o PT, pelo menos nesta primeira fase, a presença de Campos no grid de largada presidencial é tida como útil porque, segundo os petistas, ele disputa uma faixa do eleitorado com Aécio Neves – e tiraria votos do tucano e até possíveis aliados do mineiro, com o PPS e os rebeldes do PMDB.
Racha inclusive em Minas, onde o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, é do PSB, mas foi eleito com a ajuda de Aécio. E pode rachar até em São Paulo, onde os socialistas se dão muito bem com o governador Geraldo Alckmin.
Em principio, pelo menos, não é interesse de Lula e Dilma que Eduardo Campos saia da raia. Lá na frente se verá.
A rifa de Lula
A melhor prova disso é que Lula já está rifando a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Rio, pelo PT.
Ele prometeu ao PMDB fluminense e ao governador Sérgio Cabral que não pisará no Estado durante a eleição.
Do blog Política & Economia Na Real, do jornalista José Márcio Mendonça e do economista Francisco Petros.

O constrangimento do PSDB com Serra


Em surpreendente entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o senador Cássio Cunha Lima declarou publicamente a sua preferência pelo senador/presidenciável Aécio Neves (MG), como candidato do partido a Presidência da República em 2014.
Cássio disse que “há um constrangimento quase generalizado dentro do PSDB com a postura recente do ex-governador e ex-presidenciável José Serra, que discordância da postulação do senador/presidenciável Aécio Neves (MG) e ameaça deixar a legenda.
O senador tucano disse que José Serra sempre teve espaço importantes dentro do PSDB, tendo inclusive o aval do partido para disputar a Presidência da República. “O partido sempre esteve ao lado do Serra em suas candidaturas à Presidência, ao governo (SP), à prefeitura (SP) e ao ministério (Saúde). Agora é hora de ele estar ao lado do PSDB", disse Cássio. Para Cássio "não é momento de projetos pessoais, e esse movimento que Serra tem feito não engrandece o currículo que ele tem".
Blog do Serra

Boneco Judas representando Feliciano é pendurado em frente ao Congresso


Manifestantes penduraram na tarde deste sábado (30), em frente ao Congresso Nacional, um boneco do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, representando a tradicional malhação de Judas.

O boneco foi confeccionado pela Federação de Umbanda e Candomblé do Distrito Federal e da região do Entorno de Brasília. Ele carregava cartazes com dizeres contra a "intolerância religiosa, racial e sexista", além de cópias de cédulas de real e de cartões de crédito nas mãos.

Em seu perfil em uma rede social, Luiz Alves, um dos organizadores do protesto, disse que a malhação de Judas é manifestação cultural brasileira e que também é usada para “mostrar o descontentamento com os políticos”.

Alves disse ainda que a intenção não é promover a violência contra Feliciano, "mas sim um repúdio às suas posições em relação aos negros, afrorreligiosos e homossexuais.

Marco Feliciano também foi lembrado como Judas pelos moradores da Vila Planalto, bairro de Brasília próximo à Esplanada dos Ministérios.

Governo Federal gasta mais com carros pipas do que com obras estruturais contra a seca

O governo federal gastou efetivamente em 2012, 62% do dinheiro que havia reservado no Orçamento da União para ações de Enfrentamento a Desastres Naturais, que englobam verba destinada à seca e às enchentes. Levantamento da ONG Contas Abertas aponta que dos pouco mais de R$ 12,4 bilhões que havia reservado, foram pagos, incluindo o gasto com restos a pagar, R$ 7,7 bilhões. 

“No que está diretamente ligado à seca, vimos que o governo gasta às vezes mais com carro pipa e Bolsa Estiagem, por exemplo, do que com obras estruturais. Então, a execução do que remedia é melhor do que a do que vai eliminar o problema”, criticou o fundador do Contas Abertas, Gil Castello Branco. Segundo a entidade, o programa “Oferta de Água”, que inclui construções de barragens, adutoras e até obras da transposição do Rio São Francisco, tinha no ano passado R$ 3,4 bilhões previstos no orçamento. No entanto, foi empenhado R$ 1,9 bilhão. E pago, efetivamente, R$ 406,9 milhões. “As obras caminham lentamente e essa dificuldade já é histórica. Sabemos que muito atraso se dá por falta de capacidade técnica dos gestores nos níveis municipais e estaduais, e que isso não acontece só nessa área”, lamentou. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, o governo federal está investindo R$ 7,402 bilhões em ações de enfrentamento à estiagem. Os programas se dividem em “ações emergenciais (R$ 2,36 bilhões), linhas emergenciais de crédito (R$ 2,24 bilhões) e ações estruturantes (R$ 2, 8 bilhões)". "Claro que minimizar o efeito da seca é importante, mas o que mudaria a vida de tantas pessoas são as ações estruturais. O governo investe, mas é muito ruim não executar o orçamento todo numa área tão necessitada. Mesmo que chegue a 60%, 70% de execução, é pouco, porque essa área deveria ser extremamente prioritária", disse Castello Branco.

Por Dilma, PT deve apoiar Eunício Oliveira para governador em 2014


Além da reeleição da presidente Dilma Rousseff, que, obviamente, é prioridade máxima, a meta do PT para as eleições do ano que vem é eleger mais de cem deputados federais — hoje são 88 — e aumentar a bancada de senadores de 12 para 20. Quanto aos governos estaduais, a orientação é abrir mão de candidatura própria para apoiar aliados, onde o partido não tiver nomes fortes, em troca de apoio na eleição presidencial.
Como disse o ex-presidente Lula em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, publicada quarta-feira, “a prioridade em todos os estados é reeleger Dilma”. Ou seja, o partido dará continuidade à estratégia adotada desde 2006, na campanha da reeleição de Lula no rastro do escândalo do mensalão: priorizar a disputa presidencial e deixar as eleições estaduais em segundo plano. Isso deve acontecer, por exemplo, no Ceará, onde o PT pretende apoiar o senador Eunício Oliveira (PMDB) para governador; e no Amazonas, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB).
Mas para não ficar totalmente dependente dos mesmos aliados no plano nacional, no Congresso, o PT investirá na campanha de deputados e senadores, para dar uma sustentação mais folgada a um eventual segundo mandato de Dilma. Para diminuir essa dependência dos aliados, o objetivo é manter-se como a maior bancada na Câmara e tornar-se a maior no Senado. Se for bem-sucedido, o PT poderia, então, ter a presidência das duas Casas a partir de 2015.
Além de passar em revista os cenários estaduais, em reunião na última segunda-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, e os presidentes regionais do partido discutiram a conjuntura nacional. Apesar de estarem preocupados com a movimentação do candidato virtual do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e com a simpatia do empresariado por ele, a avaliação no PT é que ele não deverá ter palanques fortes nos principais colégios eleitorais: São Paulo, Belo Horizonte e Rio.
Quanto ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), os petistas apostam que, considerando o cenário atual, ele não conseguirá unir seu partido, o que, na avaliação deles, prejudicará sua campanha. E se deleitam com as “cotoveladas” trocadas entre o mineiro e o ex-governador de São Paulo José Serra.
Já a análise feita sobre a ex-senadora Marina Silva é que seu projeto de criar um novo partido, o Rede, está pouco consolidado. Na avaliação dos petistas, sua organização é “muito frágil”. Eles atribuem o segundo lugar de Marina nas pesquisas ao recall das eleições de 2010, quando ela teve cerca de 20 milhões de votos para presidente. A ex-senadora aparece com 16% em pesquisa Datafolha divulgada no último dia 23.
Nos estados, há preocupação no PT com governos comandados atualmente pelo partido. É o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul, onde o governador Tarso Genro (PT) disputará a reeleição. Sua administração tem sido mal avaliada devido a problemas nas finanças do estado, de segurança pública e desgaste com os professores, que não estão recebendo o piso nacional do magistério.
Também há desgaste nas administrações petistas de Jaques Wagner, na Bahia, que não pode mais disputar a reeleição, e Agnelo Queiroz, que está no primeiro mandato no governo do Distrito Federal, e tem uma reeleição difícil. Nesses lugares, a preocupação maior é montar um palanque para Dilma, mesmo que não haja chance real de vitória local para o partido.

O Globo

PT planeja explorar "ingratidão" de Eduardo Campos


Na avaliação dos petistas, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), mostrou "ingratidão" ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff, que contribuíram com recursos federais para seu Estado em níveis inéditos no País. De acordo com a coluna de Claudio Humberto, a estratégia do PT agora é trabalhar este tratamento dado pelo presidente do PSB. De qualquer forma, a instrução de Lula é desmerecer sua candidatura.
Leia abaixo as notas sobre o assunto:
PT vai explorar 'ingratidão' de Campos a Lula
Instruída pelo próprio Lula, a direção do Partido dos Trabalhadores não acredita na candidatura presidencial do governador Eduardo Campos (PSB), mas, em todo caso, a estratégia está definida. Os petistas planejam explorar o que chamam de "ingratidão" de Campos ao ex-presidente, que drenou recursos para Pernambuco em níveis nunca antes vistos na história deste País. O PT-PE inspirou a estratégia.
Barriga cheia
Os petistas alegam que Eduardo Campos tampouco pode se queixar de Dilma, que deu sequência ao tratamento privilegiado de Lula.
Visão petista
Lula desdenha das chances do candidato a presidente do PSB. Ele está convencido de que Eduardo Campos tira votos do PSDB.
Visão tucana
O pré-candidato tucano a presidente, Aécio Neves, acha o contrário de Lula. Para ele, Campos tira votos preciosos de Dilma no Nordeste.
Crédito de Lula
Para ajudar o candidato de Eduardo Campos à prefeitura de Recife, em 2012, Lula sacrificou a candidatura do senador Humberto Costa, do PT.

Pedido de Ivo Gomes à CGU e aos Tribunais de Contas


No Governo municipal de Fortaleza, hoje, tem gente admitindo ter havido escândalo na área da Merenda Escolar na gestão anterior, como aquele registrado na administração do ex-prefeito Juraci Magalhães, cujo ponto alto foi a cassação do mandato do, à época, deputado estadual Sérgio Benevides, reconhecido como o principal envolvido no caso.

Fac-símile do dia 28 de março, quando a SME solicitou a órgãos de controle a instauração de tomada de contas especial para investigar atos da gestão passada

Exageros à parte. Mas a decisão do secretário municipal de Educação, Ivo Gomes, de pedir oficialmente a instauração de uma Tomada de Contas Especial (TCE) pelos Tribunais de Contas da União (TCU), de Contas dos Municípios (TCM) e pela Controladoria Geral da União (CGU), para apuração de irregularidades na aplicação de recursos liberados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, sinaliza para a existência de algo realmente grave.

Com a sua formação acadêmica, Ivo, embora conhecido também por fazer algumas declarações fortes, deixou implícito, no documento encaminhado aos órgãos de controle da administração pública, estar buscando resguardo, com tais investigações, para não sofrer "eventual responsabilização solidária, bem como de reprimendas civis, penais e administrativas", punições aplicadas, inclusive a responsáveis por crimes de Improbidade Administrativa.

Provocação

E mais, pelas relações pessoais existentes, tanto com a ex-secretária municipal de Educação, Ana Maria Fontenele, quanto com seus familiares, dentre os quais o atual secretário de Infraestrutura do Estado, Adahil Fontenele, só o vislumbrar de gravidade no caso o teria levado a fazer tal provocação aos dois órgãos da esfera federal e ao Tribunal de Contas dos Municípios, aliás, este, com competência distinta daqueles outros.

Ana Maria, como está registrado na matéria publicada pelo Diário do Nordeste da última quinta-feira, achou "estranho" o fato de Ivo ter levado o caso à imprensa antes de tê-la procurado para obter informações sobre os questionamentos feitos à secretaria.

O relatório 223/2012, do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, motivador da manifestação do secretário, é referente à gestão dela na Secretaria de Educação. Elmano de Freitas, o candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, no ano passado, foi seu sucessor alguns meses antes da eleição e após ter sido derrotado, ficando no cargo até o último dia da administração Luizianne Lins.

Exceção

A Tomada de Contas Especial, no entendimento da Controladoria Geral da União (CGU), responsável pelo controle interno das ações do Governo Federal, "é uma medida de exceção" e antes de ser aberta, "é condição imprescindível que a autoridade competente do órgão ou entidade esgote todas as medidas administrativas internas objetivando a obtenção do ressarcimento pretendido".

Por sua vez, o Tribunal de Contas da União (TCU), além dos pressupostos básicos para a instauração da TCE, recomenda a observação de alguns aspectos, dentre os quais a "Comprovação efetiva de dano ao erário e não apenas indício ou suspeita ds sua ocorrência, e a existência de pessoa física ou jurídica responsável pelo dano, não sendo admitida, igualmente, a simples suspeita quanto à responsabilidade do agente".

Esses detalhes, extraídos de instruções e procedimentos do TCU e da CGU, do conhecimento do secretário Ivo Gomes, se respeitados foram no pedido da investigação, explicitam mais ainda a relevância do problema com o qual se deparou e está a reclamar esclarecimentos não só aos entes públicos responsáveis pela fiscalização e controle de gastos dos governantes, mas para todos os fortalezenses, tanto na questão da merenda escolar, um dos pontos enfaticamente destacados pela administração anterior, quanto a qualquer outro, como sinaliza Ivo ao se dirigir ao TCM.

Recursos

O volume de recursos destinados à Educação, por suas várias fontes de despesas, permite ao administrador implementar gastos, algumas vezes, dissociado da finalidade precípua, com o objetivo de atender conveniências e interesses políticos. Há notícias de a Secretaria de Educação municipal ter custeado algumas várias publicações por pura conveniência.

Esse gesto do secretário Ivo Gomes pode ser a partida para investidas de outros auxiliares do prefeito Roberto Cláudio, embora se saiba que logo no início da administração, o atual prefeito tenha estado no Tribunal de Contas dos Municípios, advertindo sobre a falta de informações da gestão anterior, no momento da transição, além de seus contatos na esfera federal, principalmente nos ministérios da Educação, da Saúde, do Turismo e das Cidades, este, em razão dos financiamentos de obras para a Copa do Mundo, em 2014.

Em todos esses ministérios e mais na Caixa Econômica Federal, ficaram pendências da administração anterior. Algumas, aliás, já acordadas. Outras, no entanto, reclamam esclarecimentos mais detalhados para garantir a adimplência da Prefeitura de Fortaleza.


Diário do Nordeste

A cada três dias, um juiz sofre ameaças no Brasil


Em 24 de março de 2003, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, de 32 anos, foi assassinado com três tiros quando estava em uma academia de ginástica de Itapõa, bairro de classe média alta Vila Velha (ES). Dez anos depois, os acusados pelo crime - o juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira, o coronel da reserva da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira, e o ex-policial civil Claudio Luiz Andrade Baptista, o Calu - continuam soltos e ainda não foram à júri popular graças a inúmeras medidas protelatórias da Justiça.
O medo dos magistrados por causa do exercício da profissão vem crescendo, principalmente após a execução da juíza Patricia Acioli, morta em agosto de 2011, assassinada por policiais militares, no Rio de Janeiro. Três PM’s foram condenados em janeiro deste ano .

Esses dois casos mostram que a magistratura é uma profissão de risco no Brasil. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam que 199 juízes no Brasil sofreram algum tipo de ameaça no Brasil desde julho de 2011. Isso significa uma média de uma ameaça a cada três dias em todo o território nacional. As ameaças mais constantes são de morte e contra a família dos juízes brasileiros.

Pelos números do CNJ, os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro são aqueles com o maior número de ameaças registradas nos últimos 20 meses. Incluindo os registros contra os juízes de base (Tribunais de Justiça) e Justiça eleitoral (Tribunal Regional Eleitoral), foram registradas 30 ameaças contra juízes mineiros e 27 contra cariocas. Os juízes baianos sofreram 14 ameaças e os alagoanos, 12.

Se de um lado aumentou também a segurança nos Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais (TRF’s) e Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s), do outro, juízes estão cada vez mais preocupados com a segurança a ponto de serem obrigados a até fazer cursos de tiro. Há aproximadamente um mês, por exemplo, juízes do Maranhão preocupados com a segurança realizaram curso de tiro orientados pela Companhia de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar do Maranhão.

Essa sensação de insegurança em vários juizados também tem provocado uma espécie de debandada na carreira da magistratura em todo o País. Conforme dados da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), 538 juízes abandonaram a carreira somente no ano passado. Um dos principais motivos para essa debandada foi a insegurança da magistratura brasileira.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, afirmou que, apesar dos avanços, ainda causa perplexidade na classe existirem ameaças contra juízes no país. “Não há como não ficar perplexo em um País que quer ser uma verdadeira República, mas onde juízes precisam levar uma vida segregada”, declarou Calandra.

De forma contraditória, um dos fatores que especialistas apontam como primordial para esse clima de insegurança na magistratura é o próprio Código Penal, classificado pela comunidade jurídica como arcaico e leniente. Hoje, o Código Penal está sendo reformado e possivelmente será aprovado apenas em 2014 , conforme especialistas.

Além disso, os benefícios concedidos pelo Código Penal facilitam que pessoas condenadas por crimes de homicídio, por exemplo, deixem a prisão após cumprir 1/6 da pena. Na reforma do novo Código Penal, essa progressão de pena ocorreria após o condenado cumprir pelo menos um terço da pena. “O Código Penal protege mais o patrimônio que a vida humana. O modelo mais indicado é o norte-americano. Se banaliza a vida, todo o sistema é fragilizado”, afirmou o presidente da AMB.

Ameaças de morte nos TJ’s e TRE’s*

Estados Casos de ameça
Acre 2
Alagoas 12
Amapá 1
Amazonas 10
Bahia 14
Ceará 2
Distrito Federal 10
Espírito Santo 1
Goiás 7
Mato Grosso 4
Mato Grosso do Sul 1
Minas Gerais 30
Pará 9
Paraíba 3
Paraná 3
Piauí 4
Rio de Janeiro 29
Rio Grande do Norte 9
Rio Grande do Sul 1
Rondônia 8
São Paulo 2
Sergipe 4
Tocantins 5
Casos de ameaças de morte a juízes federais: 5

Casos de ameaças de morte a juízes do trabalho: 23

*Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Dilma Rousseff e o DNOCS


A presidenta Dilma Rousseff chega a Fortaleza justamente quando, mais uma vez – e diziam que era coisa de tucano – o Governo Federal manobra para esvaziar de vez o já debilitado Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). A ideia de levar o comando para Brasília é a demonstração clara do quão desatencioso tem sido a Era petista com a região.

Ainda está viva na memória da região a imagem do então presidente Lula, pouco depois da posse, em 28 de julho de 2003, posando ao lado de Celso Furtado no Passaré, sede do BNB, em Fortaleza. Naquele momento, o discurso era revolucionário. Passados dois governos Lula e mais da metade do mandato de Dilma, vê-se a mesmice.

Jocélio Leal/O Povo

sábado, 30 de março de 2013

Salas vips em aeroporto de Brasília para parlamentares custam R$ 142 mil por ano


Os senadores e deputados federais possuem atendimento especial no Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília. Ao todo, os aluguéis das salas vips somam R$ 142,4 mil ao ano. Os locais permitem a realização de check in e, quando necessário, resolução de problemas de embarque e extravio de malas dos parlamentares.
Do total, R$ 90,8 mil são referentes à Câmara dos Deputados. Além de apoio para o embarque e desembarque de deputados, a sala atende representantes de entidades civis, empresariais e sindicais que venham participar de audiência pública nas comissões permanentes da Casa, comitivas internacionais e servidores em viagem a trabalho. O valor mensal do aluguel é de R$ 7.569,33.
O aluguel da sala de atendimento vip dos senadores custa R$ 51,6 mil ao ano. No Senado Federal, segundo a assessoria da Casa, a sala se faz necessária em razão de a base política da maioria dos senadores não estar em Brasília, e sim nos seus estados de origem. Além dos parlamentares, a grande quantidade de pessoas, servidores e outros estados que vão à Casa também pode utilizar o local como ponto de contato.
Os ambientes reservados para as autoridades ficam em locais discretos, em geral, pouco visíveis aos passageiros comuns que esperam por vôos nos corredores do aeroporto. A sala usada pelos deputados, que tem 43 metros quadrados, e a sala do Senado, ficam localizadas atrás do balcão de atendimento da companhia aérea TAM.  Na área, normalmente, só transitam os funcionários da companhia e do próprio aeroporto.
Ao todo, o Senado possui 81 parlamentares e apenas três são provenientes do Distrito Federal. Dos 513 deputados federais, somente oito são do distrito brasileiro. O Senado representa os Estados e possui três senadores para cada unidade federativa do Brasil. Na Câmara dos Deputados, o número de cadeiras por Estado é proporcional à sua população, com o piso mínimo de oito e o teto máximo de 70 deputados.
Dessa forma, também é objetivo das salas de apoio garantir a permanência dos parlamentares por mais tempo no Congresso durante as votações ou debates mais longos nos plenários. No entanto, as principais companhias aéreas mantêm no Senado e na Câmara guichês para vendas de passagens e realização de check-in antecipado.
Além disso, até pela grande frequência com que viajam, parlamentares já são tratados pelas companhias aéreas como clientes preferenciais, o que lhes garante uma espécie de fila exclusiva nos aeroportos e atendimento diferenciado na hora de embarque.
Os montantes são pagos ao consórcio Inframerica, que desde o início de março atua sozinho na operação do Aeroporto Internacional de Brasília. O grupo foi o vencedor do leilão que definiu o responsável por ampliar e operar o local. Desde dezembro, o Inframerica vinha operando, mas sob supervisão da estatal Infraero, que até então era a responsável pelos serviços.
Vale ressaltar que o valor encontrado nas notas de empenho é referente somente ao preço do aluguel das salas. A conta é ainda maior porque deve considerar o pagamento dos funcionários responsáveis pelo serviço de atendimento e as despesas com materiais de consumo. Além disso, também sai dos cofres públicos o próprio valor da passagem de deputados e senadores, já que os parlamentares têm direito de reembolso para gastos com atividade parlamentar. O salário dos congressistas é de R$ 26,7 mil.

Contas Abertas

Eduardo Campos, Aldo Rebelo e as tabelinhas políticas

Eduardo e Aldo Rebelo em evento no Recife, após a visita da presidente Dilma

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Na mesma semana em que a presidente Dilma Rousseff (PT) esteve em Pernambuco e não foi recepcionada por nenhum representante do PCdoB no Estado, o governador Eduardo Campos (PSB) recebeu a visita do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), uma das principais lideranças nacionais do partido.
O ministro veio ao Recife, na terça-feira (26), para participar de uma reunião sobre a Copa das Confederações. Enquanto no dia anterior a presidente não mediu esforços para mostrar o carimbo do governo federal nas principais obras em execução no Estado e cobrar o “comprometimento” dos aliados, Aldo “mimou” Eduardo.
Além de elogiar o andamento das obras na Arena da Copa, o comunista disse que Pernambuco tem condições de tornar a Copa do Mundo um acontecimento de “referência” para o Brasil. Sua relação política com o governador-presidenciável, no entanto, é antiga. Ambos atuaram juntos como parlamentares na CPI que investigou a relação entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Nike, entre 2000 e 2001.
Os dois também integraram, simultaneamente, a equipe ministerial no primeiro mandato do ex-presidente Lula (PT). Aldo comandou a secretaria de Coordenação Política - que, na época, tinha status de ministério – enquanto Eduardo estava à frente da pasta de Ciência e Tecnologia.
Por pressão do PT, os dois foram “convidados” a deixar a equipe do governo, em julho de 2005, e voltar a exercer seus respectivos mandatos como deputados federal. Na Câmara, receberam a missão de defender os interesses do governo Lula em meio ao desgaste ocasionado pelas denúncias sobre o “mensalão”. O socialista ainda foi um dos principais articuladores da eleição de Aldo à presidência da Câmara, cargo em que ocupou entre 2005 e 2007.
Seis anos depois, os dois vieram a se estranhar. O motivo foi a disputa para a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCE). A indicação para o cargo cabia à Câmara Federal. Diante das negativas de Aldo para entrar na disputa, o governador enxergou, ali, uma oportunidade para lançar a candidatura de sua mãe, Ana Arraes (PSB), na época, deputada federal.
O desgaste se aprofundou quando Aldo resolveu ingressar na corrida pela vaga do TCU e terminou sendo derrotado pela mãe de Eduardo, que atraiu o apoio de membros da base do governo e da oposição, além de ter contado com um cabo eleitoral de peso, exatamente o ex-presidente Lula. Passado o incômodo, Aldo é tido, hoje, entre alguns comunistas do Estado, como um potencial interlocutor para levar o PCdoB ao “barco” socialista na eleição presidencial do próximo ano. Mas, contra essa aposta, pesa o fato de ele estar no comando das pasta de Esportes, que terá uma função estratégica em 2014, ano da Copa.

Jornal do Comercio

Político: profissão perigo


Em janeiro deste ano, o vereador Valdomiro do Nascimento (PTB), de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi assassinado a tiros. Na sexta-feira, 22, a Polícia Civil prendeu quatro suspeitos de envolvimento no crime. Entre eles, Cleodon Costa (PSDC), acusado de ser o mandante. Cleodon era suplente de Valdomiro e herdou a vaga na Câmara Municipal com a morte do vereador. 

“Pelo que a gente sabe, foi por puro interesse no mandato”, diz o presidente da União dos Vereadores Cearenses (UVC), Deuzinho Filho (PMN). O caso, se confirmado, é mais um exemplo de uma triste e intrigante realidade que persiste em várias partes do Brasil: quando os interesses e rivalidades políticas descambam para a violência, não raro resultando em morte. Tal qual uma tela impressionista, são vários os pontos que compõem o problema. Heranças históricas, fragilidades do sistema político-partidário e impunidade são alguns deles. 

“Antigamente, a política aqui era feita na base da bala”, afirma o deputado estadual Ely Aguiar (PSDC). Apesar do “antigamente”, ele reconhece que essas práticas ainda ocorrem com frequência em várias áreas do País, inclusive no Ceará, onde, historicamente, o uso da violência é empregado nas disputas de poder. 

Principalmente no interior dos estados nordestinos, permanecem algumas características que se assemelham à política de séculos atrás. Nessas áreas, a figura do antigo “coronel”, mesmo não possuindo poder coercitivo tão explícito quanto na época da República Velha, conserva traços marcantes que hoje parecem sedimentados na forma como se lida com a política. O jagunço do começo do século deu lugar ao pistoleiro de décadas atrás. Ele continua a existir, mas mudou, assim como a face urbana das cidades e hoje é o chamado assassino profissional. 

“O coronelismo é uma cultura que se formou na ausência do Estado e que continua existindo”, define Jackson Alves, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC). Para ele, a relação entre essa cultura e os atuais casos de violência na política está sobretudo no fato de pessoas com influência local se acharem acima da própria democracia, “resolvendo” seus conflitos políticos da forma como julgam conveniente.

Outros fatores
Junte-se a isso a fragilidade dos partidos políticos enquanto organização nas áreas mais longínquas. As siglas não adotam critérios rígidos na hora de escolher seus candidatos. A percepção geral é de que quem pratica esse tipo de ato já é criminoso antes de entrar na política. A impunidade que se verifica na maioria dos casos ajuda a formar o panorama da questão.


Pensar que essa realidade é exclusividade das áreas interioranas do Norte e Nordeste é engano. Em outras partes do País, como São Paulo e Rio de Janeiro, casos como o de Pacatuba também são frequentes, com peculiaridades no cenário político de cada área. Em todos, porém, fica sempre evidente a disputa sanguinária por poder.


ENTENDA A NOTÍCIA 

Vários fatores ajudam a explicar a realidade de crimes contra figuras da cena política, que historicamente ocorreram no Ceará, assim como em outras partes do País. Heranças históricas, fragilidade do sistema 
político e impunidade estão entre as causas.   

Para lembrar

Já no século XIX, um crime abalou a então província do Ceará. 

O vice-presidente da província, major Facundo, foi assassinado a tiros de bacamarte, em 1941, em frente à sua residência. Segundo relatos da época, ele chegou a ser avisado de que estava marcado para morrer, mas fez pouco caso do alerta.

O crime foi supostamente resultado das divergências políticas entre o major e o grupo político do então presidente da província, José Joaquim Coelho. Hoje, o major dá nome a uma rua no Centro da Capital.

O POVO

Vice-prefeito é morto em cidade de Pernambuco



O vice-prefeito de Casinhas - no Agreste do Estado -, Vital Pedro de Andrade, mais conhecido como Índio, 51 anos, foi assassinado na zona rural da cidade. Acionada por volta das 12h deste sábado (31) para investigar o caso, a Polícia Civil informou que ele estava acompanhado do motorista. O funcionário, cujo nome não foi informado, também morreu com um tiro de espingarda 12.
O Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML) foram chamados. Vital Pedro de Andrade pertencia ao PSD e já atuou como vereador. Casaso, ele era natural de Surubim.

O morde e assopra das despesas com a Câmara dos Deputados


Com 42 anos de mandato, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro, prometendo um choque de gestão na Casa, cujo orçamento é de 4 bilhões de reais só neste ano.
Esse plano começou a ser posto em prática quando a Câmara aprovou o projeto que limita o pagamento do 14º e 15º salários aos parlamentares, reduzindo em 25 milhões de reais o custo anual de uma mamata existente há 67 anos.
Na semana passada, no entanto, Alves deixou claro que seu ímpeto moralizante não passara de uma jogada de marketing, posta de lado para que ele pudesse honrar parte dos acordos que lhe garantiram a vitória na disputa pelo comando da Câmara. Em vez de brindar a opinião pública, como anunciara, Alves decidiu reverenciar o baixo clero e o espírito de corpo reinante no Congresso, justamente como fizeram seus antecessores.

Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

Sob o comando do novo presidente, a mesa diretora aprovou, numa só tacada, três bondades para as excelências. Uma delas, o reajuste da famosa verba de gabinete. Trata-se daquela remuneração usada pelos deputados para pagar despesas com alimentação, telefone, aluguel de carros, combustível, passagem aérea e até assinatura de jornais e revistas — tudo sem ter de mexer num único tostão do salário de 26.700 reais.
O valor máximo do cotão, como é chamada a mordomia, passará de 34.000 reais para 38.600 reais por mês. Detalhe: o reembolso desses gastos é feito tão logo o deputado apresente a nota fiscal. Não há uma checagem para saber se a despesa foi de fato realizada. Não à toa, o cotão é considerado pelos próprios parlamentares, à boca miúda, uma espécie de salário indireto.

Blog do Robson Setti

Os desafios de Eduardo Campos, por Ilimar Franco


Festejada pela oposição e vista com reserva no Planalto, a eventual candidatura do governador Eduardo Campos (PSB-PE) tem muito pela frente. Ele precisa unir seu partido.

O governador Cid Gomes (PSB-PE) tem reiterado apoio à reeleição da presidente Dilma. Ele necessita de aliados para ampliar seu tempo de propaganda na TV. Tem que galvanizar o Nordeste em torno de si, coisa que Ciro Gomes (CE), pelo PPS, não alcançou em 2002.

Há o desafio do Sudeste, que concentra 43% dos eleitores. Nele, o melhor percentual de Ciro foi em São Paulo (10,57%). Mas Ciro fora ministro da Fazenda de Itamar Franco e, por isso, visto pelo eleitor como um dos gestores do Plano Real.

Luizianne Lins de volta à sala de aula

Luizianne Lins estará retornando para a sala de aula na próxima segunda-feira, 01, precisamente ao curso de de Comunicação Social da UFC. E se diz muito feliz segundo informa colunista do O Povo.

Para Aécio, bases da estabilidade estão 'ameaçadas'


O senador Aécio Neves , pré-candidato do PSDB à Presidência , avalia que o cenário do ano que vem não terá o "céu de brigadeiro" da eleição de 2010 para a presidente Dilma Rousseff porque a estabilidade econômica está "ameaçada". Apesar das dificuldades enfrentadas para unir os tucanos, Aécio diz confiar no crescimento de seu potencial de votos.

"Tem muita gente apressada, achando que a eleição é uma corrida de 100 metros, quando, na realidade, é uma maratona", afirmou o senador mineiro. "O governo tem muitos problemas em várias áreas, a começar pela economia. A gestão vai mal, a infraestrutura está empacada, a inflação de alimentos ultrapassa 30% e a safra não consegue ser escoada."

Aécio recebeu nesta semana o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , para comandar o PSDB. Alckmin cedeu depois de ouvir apelos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas busca manter a neutralidade na disputa entre Aécio e o ex-governador José Serra , que ameaça deixar o PSDB para ser novamente candidato ao Planalto.

Para o senador, porém, todos os problemas no PSDB são menores do que as divisões na seara petista. "O PT sabe que a economia, em 2014, não estará como na eleição da Dilma, em 2010. Hoje temos inflação alta e um crescimento baixíssimo", disse Aécio, numa referência ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, que ficou em 0,9%.

"É claro que Dilma tem um mote de campanha, assim como eu construirei um, mas é muito cedo para pensar nisso", desconversou. O PSDB tenta importar um dos conselheiros políticos das campanhas de Barack Obama nos Estados Unidos para ajudar o senador.

Marina contrata pessoal para acelerar coleta de assinaturas


Com dificuldades para conseguir as mais de 500 mil assinaturas necessárias para criar um partido que possa disputar as eleições de 2014, o grupo capitaneado pela ex-senadora Marina Silva resolveu profissionalizar o processo e contratar pessoas para fazer esse trabalho. Até agora, as assinaturas estavam sendo recolhidas apenas por voluntários.
"A ideia é colocar essas pessoas contratadas nas ruas já a partir da semana que vem. A combinação desses dois atores, com a preponderância do voluntariado, é que vai produzir o resultado que esperamos", afirmou Cassio Martinho, um dos porta-vozes da Rede Sustentabilidade.
Para bancar esse custo extra com a contratação de pessoal, serão realizados eventos para arrecadar fundos. O primeiro deles vai ser um café da manhã, em São Paulo, na próxima quinta-feira. No dia seguinte, em Brasília, haverá um jantar. Os convites estão sendo vendidos a R$ 100. O local escolhido, um restaurante na asa norte da capital federal, tem capacidade para aproximadamente 300 pessoas.
O sentimento entre os fundadores da sigla, que foi lançada no dia 16 de fevereiro, é o de ser necessário acelerar o processo de coleta para que a Rede saia do papel dentro dos prazos legais. A Justiça Eleitoral estabelece que todas as assinaturas sejam encaminhadas e analisadas pelo Tribunal Superior Eleitoral até um ano antes das eleições, o que, no calendário eleitoral, significa a data limite de 4 de outubro.
"Os nossos mobilizadores e companheiros ativistas precisam ficar espertos, acordar, ter senso de urgência, dar um grau a mais no esforço de mobilização", afirmou Martinho.
Segundo ele, além de intensificar o número de mutirões para a coleta de assinaturas, novas estratégias estão sendo elaboradas para alcançar a meta. No próximo fim de semana, os 6 mil voluntários cadastrados no site da Rede foram convocados a entregar, cada um, 30 assinaturas nos postos de coletas dos seus respectivos Estados. C0m isso, o movimento pretende garantir 180 mil assinaturas de uma só vez.
Estadão

Governo deve adiar aumento do IPI para veículos

O governo federal deve adiar o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, previsto para subir no dia 1º de abril. Pelo cronograma divulgado em dezembro, estavam previstos três aumentos do tributo. O fraco desempenho das vendas no primeiro trimestre de 2013 fez o governo rever a decisão de aumentar gradualmente o IPI para veículos.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Prefeito Jaime Júnior e Agenor Neto juntos pela reforma da rodoviária de Icó



No seu perfil oficial de uma rede social o atual prefeito de Icó, Jaime Júnior, revelou que esteve recentemente reunido com o ex-prefeito de Iguatu, Agenor Neto, e debateu sobre vários assuntos para o desenvolvimento de Icó. Entre eles a reforma da atual rodoviária do seu município.
“Estive recentemente reunido com o ex- prefeito de Iguatu, Agenor Neto, um dos melhores que o Ceará já viu, para tratar de assuntos do interesse de Icó. Também participaram da reunião os diretores da empresa que está administrando o terminal rodoviário de Iguatu. É nossa intenção reformar por completo a rodoviária de Icó, porta de entrada para muitos que chegam à nossa cidade”, disse. 
O mesmo aproveitou o momento para agradecer a máquina do povo, Agenor Neto, pelo apoio e desejou uma completa recuperação de saúde do seu pai, Dr. José Ilo.

Reaja ! por Cristovam Buarque

Reaja contra a vida sempre bem comportada. Escolha algumas aventuras para realizar: montanhas a subir, uma revolução a fazer, amores a sentir. 
Coloque sua biografia na frente do seu curriculum, e o curriculum na frente do patrimônio. Coloque as urnas na frente das armas; e os sonhos na frente das urnas. Não se acostume. 
Sinta alergia à monotonia. Reaja ao hábito que toma conta da gente ao ao viver em um mundo perverso; e contra a pior das maldades que é se acostumar com ele. Ao se 8 acostumar com mau cheiro, sujeira, barulho, eles começam fazer parte da gente. 

Não se acostume à falta de ar em um mundo sem sonhos. Nem ao vício de desejar apenas o possível. A grande vantagem de ser jovem é poder sonhar o impossível e ter tempo para construí-lo. Quando o jovem prende seus sonhos aos limites do possível, fica velho. 

Não se acostume com a velhice antes do tempo. E, quando ela chegar, não pare de desejar o impossível, mesmo sabendo que não terá tempo para construí-lo, nem vê-lo. Um dia Paulo Freire me disse: “Não corte as asas dos seus sonhos na tentativa de fazê-los possíveis. O mundo está cheio de pessoas com tesouras cortando asas de sonhos”. Acostumar-se é morrer. 

Reaja aos costumes da corrupção na política, no exercício profissional ou nas relações pessoais. Não aceite o jeitinho de furar fila, colar nas provas, molhar a mão de fiscal.

Reaja ao acomodamento.

Recursos de clubes para a formação de atletas estão parados e devem chegar a R$ 113 milhões


A indefinição sobre a necessidade de regulamentação dos recursos repassados pela nova Lei Pelé para a formação de atletas olímpicos e paralímpicos pode deixar R$ 113 milhões parados na conta da Confederação Brasileira de Clubes (CBC).
Do total, R$ 71 milhões chegaram aos cofres da Confederação em 2012. Os R$ 41,8 milhões restantes estão previstos para repasses deste ano no Orçamento Geral da União, aprovado no Congresso Nacional e que aguarda apenas a sanção da presidente Dilma Rousseff.
A verba, vinda das loterias federais, sai dos cofres do Ministério do Esporte (ME) para a CBC. Porém, na falta de regulamentação da legislação, o presidente da Confederação, Francisco Antonio Fraga, afirma que não utilizará os recursos. “No nosso entender é necessária a regulamentação, para que não haja dúvidas quanto à aplicação do dinheiro”, explica.
Por outro lado, segundo assessoria do ME, não há necessidade de regulamentação. “A Confederação pode fazer uso dos recursos que já estão disponíveis assim que julgar conveniente”, afirmou.
Apesar disso, a assessoria informou que a regulamentação da “nova” Lei Pelé nos itens que expressamente determinam aplicação de acordo com regulamentação, está em análise nas instâncias competentes do governo federal.
Sancionada em 16 de março de 2011, a Lei 12.395 alterou a Lei Pelé (n. 9.615/98). Dessa forma, segundo entendimento da CBC, caberia ao Executivo expedir decreto para regulamentar as mudanças. Porém, 25 meses depois da publicação da legislação, isso ainda não aconteceu.
Repasses
Dentre as alterações da Nova Lei Pelé, destaca-se o repasse para a CBC de 0,5% dos 4,5% a que o Ministério do Esporte tem direito de toda verba arrecadada nas loterias federais e similares, com destino único e exclusivo para a formação de atletas olímpicos e paralímpicos.
Enquanto os recursos se acumulam na caderneta de poupança da CBC, as agremiações, maiores beneficiárias do montante, se desdobram para realizar projetos de formação de atletas. O Flamengo, por exemplo, extinguiu investimentos nas modalidades de ginástica artística, judô e natação. O Clube da Gávea dispensou nomes como Cesar Cielo, Érika Miranda, Nacif Elias, Jade Barbosa e os irmãos Diego e Daniele Hypólito.
Garcia destaca, no entanto, que o intuito não é investir em atletas que já estão no nível de alto rendimento e com capacidade para conseguir patrocínios, ou, ainda, com finalidade imediata para competir em 2016. “O ideal é que consigamos aproveitar o potencial que os clubes se tornaram em termos de formação de atletas, fomentando e dando condições para o desenvolvimento da prática esportiva até massificá-la”, explica.
De acordo com o presidente, que assumiu o comando da Confederação no começo deste ano, foi solicitada audiência com o ME para discutir como devem agir com os recursos. “Temos pressa em usar os recursos, que já somam quantia razoável para o fomento do esporte. Porém, queremos fazê-lo da forma mais transparente e correta possível. Sem regulamentação é possível que surjam problemas”, explica.

Contas Abertas

Ministério não recua sobre proposta de transferir sede do Dnocs


O Ministério da Integração Nacional disse, em nota, que as propostas apresentadas à Câmara dos Deputados sobre a reestruturação do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) – entre elas, a de transferir a sede do órgão para Brasília – não representam “a última posição” da pasta. Entretanto, em entrevista ao O POVO, o secretário executivo do Ministério, Alexandre Navarro, afirmou que defenderá “até o fim” que o coração administrativo do Dnocs saia de Fortaleza.
Segundo Navarro, a ideia é tornar o Departamento um órgão nacional, com a gestão política em Brasília e a superintendência regional no Ceará. “Não é tirar nada de ninguém, é melhorar e fortalecer esse órgão. Hoje, o diretor do Dnocs passa mais tempo discutindo política em Brasília do que em Fortaleza – o que é correto”, argumentou.
Conforme O POVO publicou ontem, o coordenador da bancada do Nordeste na Câmara, Pedro Eugênio (PT-PE) disse que não há nada contra manter a sede do Departamento em Fortaleza, mas ponderou que ainda é preciso analisar o modelo ideal, que priorize o crescimento do órgão.
Em resposta, o coordenador da bancada do Ceará na Casa evitou entrar no embate, mas lançou uma crítica: “Pergunte ao Pedro Eugênio o que ele pensa sobre a Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) sair de Pernambuco. O que ele vai achar?”, questionou.
Balhmann disse que tentará emplacar no Congresso a ideia de que a reestruturação do órgão não está relacionada à transferência da sede. “Se a estratégia para dar mais agilidade é deslocar para Brasília, eu sugiro que se desloque todos os órgãos federais. Para mim, isso é uma coisa completamente irrelevante”.

Veja como foi a entrevista de Feliciano com Danilo Gentili na Band


O deputado-pastor Marco Feliciano (PSC-SP) arrastou 2014 para o miolo da encrenca que o engolfa desde que assumiu, em 7 de março, a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Insinuou que a resistência do PT ao seu nome afugenta o eleitor evangélico da candidatura reeleitoral de Dilma Rousseff. Fez isso numa entrevista ao homorista Danilo Gentili (assista aqui).
Gentili perguntou a Feliciano se o PT não estaria fazendo dele um “bode expiatório” para evitar que os holofotes se voltem para José Genoino e João Paulo Cunha, os dois condenados do mensalão que integram a Comissão de Constituição e Justiça. “Isso é um jogo político”, aquiesceu o polêmico mandachuva da Comissão de Direitos Humanos.
Em timbre ameaçador, Feliciano prosseguiu: “Eu penso que, nesse momento, o PT começa a repensar. Afinal de contas, se isso estiver acontecendo de fato, a presidenta Dilma e o governo devem estar jogando fora o apoio dos evangélicos, que não é pequeno, para uma eleição do ano que vem. São quase 70 milhões de evangélicos.”
Levada ao ar na noite passada, a entrevista fora gravada na quarta-feira (27) –mesmo dia em o líder do PSC, deputado André Moura (SE), inaugurara o esforço para arrastar o petismo à fogueira:
“Por que não pegar um espelho e olhar para si mesmo e perguntar: por que o PT indica para a Comissão de Constituição e Justiça dois mensaleiros condenados pela mais alta Corte deste país, o STF? Será que julgar a indicação do Feliciano, pelo PSC, é correto para um partido como o PT, que, volto a repetir, indicou dois mensaleiros condenados?”.
Como que decidido a potencializar a contradição de seus antagonistas, Feliciano disse que o PSC não escolheu a Comissão de Direitos Humanos. Ficou com ela porque foi “a comissão que sobrou”. Criado há 18 anos a partir de uma proposta do PT, o colegiado sempre foi presidido por petistas ou aliados ditos de esquerda.
Agora, ironizou Feliciano, “o partido que cuida dessa comissão desde que ela foi fundada parece ter aberto mão dela porque nesse momento não é prioridade.” Por isso, “caiu no colo do meu partido.” A alturas tantas, o deputado-pastor afirmou que a comissão é “secundária e quase inexpressiva”.
Feliciano exagerou: “Ninguem nunca ouviu falar dessa comissão.” Mais um pouco e jactou-se: “Era secundária até a minha chegada.” Dando corda ao próprio lero-lero, acabou soando anedótico: “Acho que eu coloquei a Comissão de Direitos Humanos no lugar devido dela.”
Considerando-se o pano de fundo, a declaração não orna com o teatro em chamas. Dos 19 servidores que trabalhavam na comissão que “caiu no colo” de Feliciano, sobraram 17. Foi à mesa, de resto, uma proposta de renúncia coletiva dos membros da comissão. E Feliciano dá de ombros. Conforme já foi comentado aqui, a confusão interessa a Feliciano. O pastor fala para suas ovelhas.
Qual é o problema de dois homens se beijarem em público?, indagou Gentili. E Feliciano: “É constrangedor. Para um pai, que tem suas crianças, é constrangedor. A sociedade brasileira, por mais que se diga progressista, não está preparada para isso.” O apresentador manifestou-se contra a interferência do Estado na vida das pessoas. Feliciano, então, explicitou seus objetivos.
“Isso não é o Estado, é o posicionamento de um parlamentar que representa um segmento: 211.855 pessoas votaram em mim com esse pensamento. Nós temos essa cultura. Não critico quem faz. Faça! Mas faça de uma maneira que não choque os demais.” Antes, no início da conversa, Feliciano relatara uma cena que diz ter presenciado ao desembarcar em São Paulo.
“Eu estava agora no aeroporto, descendo, vindo pra cá. Dois moços se posicionaram de uma maneira que eu pudesse ver. Ficaram se beijando de língua e tocando suas partes íntimas. Pra que isso?” Gentili não pedeu o chiste: “E não te deu tesão? Feliciano manteve o rebolado: “Você ficaria com tesão?” E o entrevistador, para gáudio da plateia: “Se fosse limpinho…”
Antes de exibir-se no ‘Agora é Tarde’ de Gentili, Feliciano conversara com Sabrina Sato, do ‘Pânico na TV’, a quem dissera que só deixaria a Comissão de Direitos Humanos se morresse. “As entrevistas mais sérias eu tenho dado em programas de humor como o seu”, afirmou ele a Gentili.
De fato, as entrevistas com Feliciano tiveram um quê de humorística seriedade. Na anterior, ele reconhecera que faz chapinha no cabelo, mas negara que seja gay. Nesta última, teve a oportunidade de declarar-se contra as pesquisas com células tronco e o sexo antes do casamento. Mas viu-se constrangido a responder a indagações que só não foram mais hilárias porque as respostas tiveram um grau de comicidade ainda maior.
É a favor ou contra ‘transar na bunda?’, eis um exemplo de pergunta. Minucioso, Gentili explicou que se referia a uma transa de homem com mulher, “sem viadagem”. E Feliciano: “Amigo, esse lugar que você chamou aí de bunda, isso é um esgoto. Não foi feito pra isso. É anti-higiênico. E tem outras coisas mais que não vale a pena falar.” O deputado-pastor gostou do resultado da prosa. A julgar pelas mensagens que reproduziu no Twitter, seu rebanho também apreciou.
Blog do Josias